19 de março de 2012

Bebida dos Deuses

   Há uma anedota já gasta no meio burocrático sobre um leão que invade a repartição pública. O felino passa desapercebido na secretaria. Mata um servidor no primeiro dia, outro no segundo dia, até que no meio da semana o leão mata a mulher que faz o cafezinho. Logo o leão é descoberto e remetido a um zoológico.
   Exageros à parte, há uma certa verdade nessa anedota.
   Vira e mexe, quando acaba o café, vê-se servidores tremendo por abstinência nos corredores.
  Outro dia, encontrei sobre a mesa de um colega um desses copos plásticos com um líquido negro e viscoso. Em verdade, parecia tinta de carimbo. Não encontrei o servidor. Suponho que a crise de abstinência tenha alcançado o seu limite... na falta de café, bebeu tinta... ou o café estava tão forte, que o servidor tenha sido acometido de uma overdose.