2 de fevereiro de 2012

Antropologia Jurídica


   No universo dos servidores da repartição em que trabalho, existem alguns por quem tenho particular apreço.
   Uma das minhas figuras favoritas é a Sueli.
   Pelo que me consta, em breve ela irá se aposentar. Acho uma pena.
   Gosto de Sueli porque ela reflete sobre as coisas. Não sei se suas conjecturas estão certas ou erradas, mas sei que são reflexões próprias.
   Quando a ouço especular sobre as peculiarides da vida, suspeito fortemente que as considerações passaram por uma honesta observação.
   Sueli fala sobre os filhos, sobre a idade, sobre o cigarro, sobre o trabalho, sobre alguma coisa que deseja comprar, sobre o interior de São Paulo... e agora fala sobre a aposentadoria.
   Encontro-me com Sueli uma ou duas vezes ao dia, sempre muito brevemente, quando vou entregar algum processo ou petição.
   Aprecio a conversa e a maneira como Sueli se debruça sobre a própria existência: sempre de maneira muito franca.